Multilingual Português (Portuguese)

Colegas de dormitório se comunicam em meio à epidemia de COVID-19

O campus está silencioso e os dormitórios vazios, pois a pandemia do COVID-19 mantém os alunos em quarentena em casa. Apesar destas circunstâncias, estudantes e professores encontraram maneiras de se conectar online com seus dormitórios. Enquanto isso, o processo de seleção de lideranças de dormitório para o ano seguinte foi atrasado.

 

De acordo com Kathryn Dolan, reitora assistente dos alunos e vida residencial, o processo de selecionamento de lideranças para o ano letivo de 2020-2021 foi atrasado devido às incertezas vindas da epidemia de COVID-19. Em particular, tornou-se mais complicada a escolha de quais dormitórios serão para os alunos do nono e décimo ano e quais serão somente para os alunos do décimo em diante. Estas decisões afetam todos os dormitórios, então ambas a escolha de novos proctors e prefects (posições de liderança nos dormitórios) foi adiada do começo de Maio para o fim do mês.

 

Erik Wang ‘21, proctor no dormitório Stuart House, acredita que a mudança no processo de escolha é compreensível e não terá consequências notáveis.

 

Wang disse, “Eu assumo que a administração tem assuntos mais urgentes com os quais lidar no momento. É totalmente compreensível para mim. Realmente não é algo de extrema importância para a maioria de nós. E, de qualquer maneira, todos que prestaram serão entrevistados pelos dorm counselors (professores que vivem nos dormitórios) em breve. É normalmente assim o processo.”

 

Enquanto Andover se adapta a um novo ambiente de aprendizado online, os dorm counselors estão encontrando novas maneiras de contatar os alunos dos seus dormitórios. Bridget Tsemo, professora de inglês, que é uma dorm counselor no dormitório Day House South, diz que as alunas no dormitório mantêm contato com chamadas semanais organizadas pelos proctors. Sem os alunos, o dormitório parecer muito mais silencioso.

 

“Eu não quero parecer dramática e dizer que sinto os fantasmas dos alunos, já que eles não estão mortos, então não seria apropriado, mas é definitivamente silencioso. Dá pra sentir o silêncio. E eu gosto da comoção do dia a dia, então sinto falta dos alunos,” disse Tsemo.

 

Catherine Carter, professora de latim, é uma dorm counselor no dormitório Hearsey House, e vê seus alunos semanalmente através de encontros pelo Zoom. Carter sente falta do ambiente de um campus e está desapontada por ter de perder o trimestre da primavera.

 

“Agora, simplesmente ver todo mundo semanalmente preserva um pouco da conexão entre o pessoal no dormitório e os dorm counselors. Eu acho que ter uma oportunidade frequente de ver a cara um do outro é o máximo que podemos fazer nestas circunstâncias para tentar reproduzir os laços que somos tão sortudos de ter quando estamos todos no campus,” disse Carter.

 

Carter prosseguiu, “Eu nunca mais darei por garantido um encontro inesperado com alunos ou colegas no campus. Sinto falta daquelas interações informais e de ver gente nas calçadas, e sinto falta dos alunos no andar de baixo. Nós realmente adoramos ter alunos junto a nós nas casas, e fica quieto demais sem eles.”

 

Neil Shen ‘22 vive no dormitório America House e sente gratidão pelos esforços dos seus dorm counselors para que eles o os alunos se mantenham próximos e informados nestes tempos turbulentos. 

 

Shen disse, “Meu dormitório está tentando lidar com a situação da melhor maneira possível. Estamos comunicando através de mensagens e mantendo uns aos outros informados sobre o que acontece. E o nosso dorm counselor nos informa diariamente sobre como a escola está lidando com a epidemia, o que eu acho muito útil, já que nos mantém informados sobre os planos da escolha para o próximo ano. Mesmo estando todo mundo estressado com essa situação, eu acho que os nossos counselors estão fazendo um ótimo trabalho.

 

Mesmo sentindo falta dos alunos e tentando manter uma rotina, Tsemo espera que todos vejam essa epidemia como uma oportunidade para boas mudanças e crescimento, em vez de simplesmente querer que tudo volte ao “normal”.

 

Para o futuro, eu espero que possamos para de dizer que queremos voltar a… um “normal” idealizado. Gostaria que parássemos de pensar isso… acho que temos que nos acostumar com o fato de que precisamos transitar para um ambiente digital, independente se nos encontraremos ou não em breve, como intelectuais, como docentes, precisamos estar preparados a navegar a Internet, e só foi com isso que começamos a fazê-lo,” disse Tsemo.

 

Traduzido Por: Theo Faugeres