À Procura de Equidade Educacional e Diversidade (com o acrônimo original SEED) e a Educação Anti-Racista para Brancos de Andover (AWARE) são dois novos grupos de professores que dão oportunidades a adultos no campus para conversar sobre as necessidades dos alunos. SEED trabalha a favor da justiça social nos graus educacional e personal, enquanto o AWARE, fundado há um ano, é um grupo de discussões para professores brancos.
A doutora Peggy McIntosh, pesquisadora do Centro Wellesley para Mulheres da universidade Wellesley, fundou o projeto nacional SEED em 1987. De acordo o seu website, o projeto nacional SEED consiste de seminários autônomos entre professores para discutir assuntos de equidade e diversidade nas suas instituições respectivas. Andover sediou um seminário SEED há dois anos, mas, até agora, este foi o único. Depois de participar em um programa no verão passado, Deborah Olander, professora de matemática, estatística, e ciências computacionais, e Susan Esty, diretora da educação pela saúde, decidiu fazer o programa novamente no próximo ano.
“O programa expandiu para compreender um olhar em todos os sistemas de opressão no contexto de escolas e ajuda docentes a pensar sobre como eles podem construir comunidades simpáticas que rompem sistemas de opressão,” relatou Olander.
De acordo com Olander, o grupo se encontra uma ou duas vezes por semana em sessões de noventa minutos. Assuntos incluem raça, etnia, gênero, identidade sexual, deficiências, e classes socioeconômicas. Além de confrontar problemas sociais de uma maneira direta, o grupo também cria uma comunidade ótima, e ajuda os professores a conhecerem mais uns sobre os outros.
“É um jeito dos professores se conhecerem e se tornarem cientes das origens de cada um e a diversidade de origens. Nós refletimos bastante e compartilhamos com os outros,” disse Olander.
Em um email ao The Phillipian, Esty escreveu, “Os professores discutem assuntos sobre equidade e inclusão a maioria do tempo. Eu acho que é ambos normal e importante que qualquer escola discuta assuntos de diversidade, equidade, e inclusão. Eu sou grata de ter tantos colegas que dão valor a isso.”
AWARE foi começado por Olander para professores brancos discutirem os seus papéis como aliados e docentes em um campus multicultural.
Olander disse: “Eu não via uma maneira formal para que pessoas brancas pudessem conversar sobre a sua identidade racial e o papel que eles podem assumir para criar equidade no campus. Há muitas pessoas bem-intencionadas pensando sobre essas coisas, mas não há nenhuma organização formal em volta disso. Eu achei que professores que não são brancos estavam liderando os esforços para desenvolver equidade e discutir igualdade, então o AWARE meio que formaliza isso.”
Os professores no AWARE trabalham em melhorar o seu entendimento da supremacia branca, e como o racismo funciona no mundo atual. Uma das suas prioridades é aprender e praticar o apoio efetivo e ativo.
“No AWARE, nós estamos discutindo o nosso próprio entendimento da nossa identidade racial como pessoas brancas, o papel que temos como pessoas brancas, e o papel que ser branco tem na sociedade. Estamos compondo nossa própria educação, e também estamos tentando identificar partes do campus onde possamos ter uma influência. O AWARE nos lembra que nós temos que agir de maneira solidária com todos nesse campus, especialmente as pessoas que não são brancas, e ele identifica oportunidades para que possamos ser mais ativos,” comentou Olander.
O AWARE atualmente inclui quase cinquenta professores. De acordo com Olander, esse número é quase três vezes maior que o número de membros no ano passado. Caleb Blackburn-Johnson, aluno do décimo, sente que grupos deste tipo são extremamente importantes de haver, e que, com um alto número de professores envolvidos, os temas discutidos poderão escoar para o corpo estudantil e ter um maior impacto:
“Eu acho que esses grupos são muito importantes, especialmente se nós quisermos ter uma comunidade diversa e inclusiva, e que a liderança tem que vir de cima. E se professores estiverem dispostos a discutir esses assuntos, eles também conseguirão introduzi-lo na sala de aula, o que é essencial para cultivar uma comunidade inclusiva e aberta.”
Como parte dos esforços para criar e manejar o SEED e o AWARE, Olander usa o contexto histórica para reconhecer a importância de Andover como uma instituição que precisa de discussões saudáveis sobre inclusão e multiculturalismo:
“A comunidade de Andover foi estabelecida em 1778 para homens brancos afluentes, e nós carregamos o legado daquele tipo de instituição. Nós temos que ser muito intencionais sobre o que resta desta história. Nós construímos essa belíssima comunidade multicultural, mas ela ainda não é perfeita. Não é perfeita independente de onde nós procurarmos, mas eu acho que nós temos que nutrir um esforço muito intencional para construir uma comunidade multicultural saudável.”