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Computador de Aluno Explode, Causando Evacuação do Dormitório

Quando Hugo Solomon ’19 foi dormir na segunda-feira passada, ele não esperava acordar às 1:00 por causa do seu computador em chamas. Salomon contou que pulou da cama, extinguiu o fogo com um lenço e jogou o computador no chão. Solomon, um dos dois alunos monitores da Alumni House, saiu correndo para avisar e evacuar seus companheiros de dormitório.
Solomon descreveu sua experiência como cheia de adrenalina e um instinto de “lutar ou fugir”. Solomon e sua co-monitora Grace Hitch ’20 fizeram questão de evacuar o dormitório, algo que Solomon notou que ele até fez sem camisa.
“Eu acordei e [meu computador estava] em chamas. E comecei a gritar: “Oh meu Deus. Oh meu [palavrão] Deus. Meu computador [palavrão] está pegando fogo … Eu estava com muita adrenalina. Peguei um cobertor e abafei o fogo, mas ai o fogo ja tinha espalhado pelo chão também … ele queimou um buraco no chão do meu quarto – no tapete – e nesse momento, o alarme de incêndio tocou. Ai eu evacuei meu dormitório,” disse Solomon.
O modelo do laptop de Solomon, um Dell XPS 9650 e outros modelos semelhantes alegaram ter problemas de superaquecimento, de acordo com o fórum oficial de reclamações da Dell. Quando o Departamento de Bombeiros de Andover mediu a temperatura do computador de Solomon, eles conclouiram que a bateria deve ter explodido.
Em um e-mail ao The Philianian, Emma Staffaroni, instrutora em inglês e conselheira do dormitório Alumni, explicou que o raciocínio rápido de Solomon foi crucial para garantir a segurança de todos e dos seus pertences.

“Foi muito desorientador porque era no meio da noite. Meu cachorro provavelmente ouviu a comoção antes de mim. Todos nós saímos confusos e, fora do prédio, dava pra sentir o cheiro da fumaça. É claro que o protocolo é evacuar o mais rápido possível e chamar o pessoal de emergência. Hugo também respondeu heroicamente ao incêndio, abafando-o imediatamente. Ele salvou nossas vidas e também evitou que os borrifadores de incêndio disparassem, o que teria causado grandes danos à propriedade”, escreveu Staffaroni.
Como Solomon não pôde ficar em seu próprio quarto nas noites após o incidente, ele ficou com Jennifer Elliott ’94, superintendente assistente da escola para a vida residencial e diretora dos estudantes, em sua casa por uma noite, e depois com Isaiah Lee ’19 e Chris Ward ’19 eno dormitório Foxcroft até o sábado passado.
Lee disse: “Eu adoraria que Hugo permanecesse o tempo que ele precisasse. Estamos felizes em tê-lo, ele é um ótimo hóspede,super carismático, sempre sorrindo … Eu estou lisonjeado que ele escolheu [ficar] comigo e com Chris. Talvez [ele] tenha ouvido que temos uma boa armação para um terceiro colega de quarto. Nós normalmente temos um estudante diurno dormindo aqui nos finais de semana, então nós já temos um colchão futon e tudo certo. Então talvez isso fizesse parte da sua decisão.
A semana do incêndio foi uma das raras semanas em que Solomon passou na inspeção de incêndios, que ele percebe como uma espécie de intervenção divina que o incentiva a limpar seu quarto para passar nesses requisitos.
“Eu falhei [na inspeção de incêndio] dez vezes este ano. Assim, todo mundo falha, mas agora você sabe por que isso é importante. Meu inspetor de incêndio entrou no meu quarto e disse: “Agora você sabe, agora você sabe”, e eu fiquei tipo “eu poderia ter morrido”, disse Solomon.
Nos dias seguintes, Solomon tratou de abordar o trauma associado à sua experiência, passar algum tempo no Centro de Médico e de Bem-Estar Rebecca M. Sykes e encontrar maneiras construtivas de entender o que estava sentindo. Solomon também usou a escrita como sua ferramenta para ajudá-lo nesse processo.
“Passei algumas horas no Sykes com a Dra. [Sandra Lo- pez-Morales, Diretora de Aconselhamento Psicológico], apenas me ajudando a processar isso. E aí eu tirei um cochilo lá e fiquei descansado, porque realmente foi muita coisa de uma vez só… E se eu não tivesse acordado? O alarme de fumaça demorou para disparar, o fogo poderia ter se espalhado muito. Se eu tivesse acordado tarde demais, ou se o computador estivesse em outro lugar ”, disse Solomon.
Solomon continuou: “Eu escrevi muito … isso foi me ajudando a lidar, apenas reconhecendo que isso foi meio ridículo, mas mesmo assim muito assustador”.
Além de escrever, Solomon também encontrou apoio nas pessoas ao seu redor e também fez, e encontrou, vários memes da Internet sobre o incidente.

“Todo mundo me apoiou muito, especialmente a equipe [de remo de Andover] porque eu faço parte da equipe e vou todos os dias. Mesmo nesse dia, eu ainda fui do mesmo jeito. E é muito divertido ter pessoas ao seu redor que te apoiem e te conheçam assim… Me sinto bem por ter bons amigos.” Disse Solomon. Solomon continuou: “As pessoas têm feito memes sobre isso. Um dos melhores que ouvi hoje no lanche dos alunos Seniores foi: “Por que o computador ‘set fire to the rain’? Porque era um a-dell.” Acho engraçado. Eu sou alguém que, além de escrever, processa muito as coisas através do humor. E eu tenho contado pros meus amigos história pelo meu Snapchat.”
Após a evacuação, o tapete, as paredes e o tecido de Solomon tiveram que ser limpos. De acordo com Solomon e Hitchcock, o cheiro forte de plástico derretido e metal queimado estava por toda a sala antes da limpeza.
Solomon disse: “Voltei para o meu quarto duas noites atrás, e empacotei tudo no meu quarto porque eles tiveram que tirar a mesa, a cama, tudo, porque teriam que substituir o tapete porque tinha o buraco do fogo. E eles pulverizaram as paredes com alguma coisa que se tira as cinzas.”
Solomon disse que, mesmo ele sentindo falta de viver no dormitório Alumni por aqueles poucos dias, ele aproveitou o tempo longe daquele espaço traumático.
“Todo mundo no meu dormitório ficou um pouco chocado, mas nós somos como um grupo bom e muito forte. Mas achei que seria bom, pelo menos para mim, ter um pouco de distância entre mim e meu quarto por um tempo. Apenas para me re-equilibrar, eu acho.” Disse Solomon.