Centenas de alunos, membros do corpo docente e da comunidade local se reuniram ao redor de mesas no Case Memorial Cage, colocando arroz, vegetais desidratados, vitaminas e soja em sacolas plásticas. Enquanto uns empacotavam, estudantes pegavam os sacos e os colocavam em caixas. Para cada mil refeições embaladas, alguém soava um gongo.
Em colaboração com o Abbot Academy Grant e a organização sem fins lucrativos Aaron’s Presents, o clube A Comida Importa de Andover realizou sua terceira iniciativa anual, Unidos Contra a Fome, no domingo. Mais de 200 estudantes de Andover e membros da comunidade local trabalharam juntos para empacotar 35.000 refeições – 10.000 a mais do que no ano passado e o suficiente para alimentar mais de 150.000 pessoas em um país carente. Antes, as refeições foram enviadas para pessoas na Turquia e na República Democrática do Congo.
Rise Against Hunger é uma organização internacional contra a fome que trabalha para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas nº 2, que é mobilizar os recursos necessários para terminar a fome no mundo até 2030. Além de trabalhar para achar soluções sustentáveis para a fome, a organização fornece nutrição imediata para pessoas carentes nutrindo vidas, empoderando comunidades e respondendo a emergências, de acordo com informações no seu website.
Mangai Sundaram ’19 ajudou a organizar o movimento Unidos Contra a Fome em Andover desde que era da décima série.
“Eu sou realmente motivada quanto a fome e a desnutrição. Eu cheguei a conclusão que este evento era a maneira perfeita de conectar os dois. Reuniríamos pessoas que também estão ajudando e trabalhando para resolver esse problema”, disse Sundaram.
Sundaram trabalhou com outros alunos no conselho do clube A Comida Importa, bem como professores como Anny Candelario Escobar, Diretora do complexo de dormitórios da West Quad South e Instrutora de Matemática, Estatística e Ciência da Computação, para realizar seus planos.
Candelario Escobar disse: “Um dia, Mangai quis quebrar um recorde mundial de embalar a maior quantidade de refeições, acho que um milhão, em uma hora. E uma das coisas era que eu tinha que começar a estudar e pensar de uma forma realista. Como ela pode conseguir executar algo assim em menor escala? E isso começou há três anos com seu primeiro Unidos Contra a Fome”.
Os participantes Ryan Mai ’21 e Emily Mae Murtha ’22 compartilham a visão de Sundaram de trabalhar para combater a fome no mundo.
“De maneira simples, todos deveriam merecer ter comida para comer. E, especialmente em umm situação como essa, é ótimo ver toda a comunidade se unindo para embalar alimentos e assim garantir que todos tenham um direito humano básico”, disse Mai.
Murtha acrescentou: “Todo o ato de servir aos outros que são menos afortunados do que você é uma coisa maravilhosa a se fazer, e todos devem fazer parte sempre que puderem … é um contexto completamente global, o fato de que pessoas em todo o mundo estão subnutridas e desnutridas, e eu acho que todo mundo de todos os lugares pode se unir para enfrentar esse problema tão abrangente. ”
Sundaram é um ex-aluno da Aarons Presents, uma organização sem fins lucrativos que busca engajar os jovens civicamente, trabalhando em desenvolver suas capacidades de empatia e habilidades para resolver problemas na sociedade. O programa fornece orientação e ajuda logística para que os alunos possam liderar o plano do seu próprio projeto. Para esse esforço, Leah Okimoto, fundadora e diretora executiva do Aaron’s Presents, ajudou Sundaram a arrecadar os recursos necessários para seu projeto.
“A melhor maneira em que podemos apoiar qualquer projeto é trazendo as pessoas para participar. Tudo que precisávamos era de muita gente. Acabamos de passar de 1.000 crianças, por isso temos uma grande rede de crianças e famílias que vivenciaram nosso programa e estão sempre prontas para fazer qualquer coisa dentro da comunidade. Nós chamamos as pessoas para falar com seus conhecidos e espalhar o notícia sobre nós. Nós fornecemos ônibus e transportes”, disse Okimoto.
Okimoto continuou: “Nós nos sentimos bem sabendo que podemos oferecer uma oportunidade para a nossa família continuar retribuindo e continuar praticando tudo o que acreditamos que deva ser defendido. E também, que podemos apoiar nossos ex-alunos à medida que venham surgindo novas idéias e iniciativas. ”
Apesar da iniciativa, Sundaram ainda se que Andover pode melhorar no sentido de colocar o espírito Non Sibi em ação.
“Temos tantas oportunidades para reunir mais pessoas e trabalhar em direção a um objetivo, em vez de apenas ouvir uma palestra ou assistir uma apresentação. Acho que devemos fazer mais eventos práticos de mãos na massa como este”, disse Sundaram.