No outono, Michael Barkler, Diretor de Pesquisa da Phillips Academy, convidou 100 alunos do décimo e nono ano para participar de um experimento com o sono. Cada aluno selecionado usará um relógio Fitbit, comprado com fundos do Projeto para Pesquisas Institucional da Phillips Academy (Andover), para rastrear seus padrões de sono para os semestres de Inverno e Primavera deste ano e do próximo ano.
Cada Fitbit registra informações básicas do usuário, registros e análises de sono e dados de atividades, incluindo contagem de passos, distância andada, minutos ativos e calorias queimadas. Os estudantes envolvidos devem baixar um aplicativo em seu telefone que conecta
ao seu próprio Fitbit. A equipe de Pesquisa Institucional de Andover, que criou o aplicativo, registrará anonimamente as informações coletadas pelo Fitbit. O objetivo do experimento é comparar os dados deste ano com os dados coletados no ano seguinte, quando o novo cronograma e o começo das aulas às 8:30 da manhã serão implementados. Malgorzata Stergios, Diretora Associada de Pesquisas da Academia, espera que o novo horário dê aos alunos a oportunidade de dormir mais. De acordo com Stergios, a Academia Americana de Pediatria recomenda que as escolas não começam suas aulas antes das 8:30 da manhã todos os dias.
“A razão subliminar do estudo é trazer percepções evidentes importantes sobre como os alunos [de Andover] podem melhorar seu sono e bem-estar em geral… Queremos saber se nossa nova agenda ajudará os alunos a dormir mais” escreveu Stergios e Barker em um email para o Phillipian. De acordo com a pesquisa do Phillian de 2018 State of the Academy, 79% dos 1043 estudantes entrevistados relataram ter sete ou menos horas de sono todas as noites e dormiam por volta de menos de 6,7 horas por noite. A nova programação é projetada para permitir que os alunos consigam de 8,5 a 9,5 horas de sono toda noite, de acordo com o e-mail de Barker em outubro, mas Emma Fogg ’21, uma participante, expressou dúvidas sobre dormir oito horas por noite, mesmo com o novo horário.
Fogg disse:
“Eu não acho que 30 minutos a mais ajudem muito para eu conseguir dormir mais. Para conseguir oito horas de sono, isso significaria que eu teria que estar na cama e já dormindo às 11:00 da noite. Mesmo se eu deitar às 11:00, preciso de ao menos 30 minutos para
pegar no sono. Mas eu não deito às 23:00, de qualquer forma; eu deito por volta das 23:30 ou às 00:00, o que significa que eu estaria dormindo às 00:00 ou até perto de 1:00 da manhã”.
Jeremy Zhou ’21 decidiu participar do experimento pelo seu interesse em monitorar o sono. Zhou considera o processo de Andover muito básico e simplificado, e então aproveitou a oportunidade para ajudar a si mesmo e aos organizadores do experimento.
Zhou disse:
“Eu gosto muito dessa ideia. É importante saber se decisões como essa são realmente úteis para reduzir a perda de sono ou se os alunos do ensino médio simplesmente compensam dormindo mais tarde, o que é uma possibilidade considerando a minha experiência pessoal.
Ninguém gosta da [implementação de] reformas inúteis”.
Arnav Bhakta ’22 está participando do experimento para conseguir se tornar mais consciente de seus hábitos de sono e trabalhar para melhorá-los. Bhakta escreveu em um e-mail para o Phillipian:
“Eu queria ter uma contagem precisa de quanto eu durmo em média. Além disso, pensei que, se participasse deste estudo, teria mais motivação para dormir, pois estaria mais consciente da minha saúde e me esforçaria para melhorar”.
Bhakta gosta de ter o Fitbit e acredita que o experimento deve continuar nos próximos anos.
Bhakta escreveu:
“Eu diria que é muito legal. No final do dia, eu gosto muito de ver quantos passos eu dei e quanto tempo de sono eu estou conseguindo nessa semana. Então, eu sou capaz de determinar metas para melhorar amanhã em termos de exercício e sono. Eu definitivamente
acho que o experimento deve continuar no futuro. Acho que seria benéfico para todos os alunos de Andover monitorarem sua saúde, mas também se divertirem com isso ”.